Brasil

"O Judiciário tem tomado decisões dignas de um estado de exceção"

Para a série #LulaLivre, o editor do Nocaute, Fernando Morais, faz uma maratona de entrevistas sobre a situação política do país e os desdobramentos da prisão do ex-presidente. A entrevista de hoje é com Paulo Sérgio Pinheiro, advogado e ex-ministro de Direitos Humanos de FHC.

 Assista à série completa:

















Notícias relacionadas

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    Cristiane N. Vieira says:

    Não tem como convidar o Arbex para uma coluna semanal?
    Grande conversa, juntamente com a do Juca, dois bate-papos de altíssimo nível intelectual e afetivo sobre esta terra tão vilipendiada (ainda não assisti à do Nassif e do João Paulo).
    Parabéns pela iniciativa do blogue e pelos convidados.
    LULALIVRE
    OBRASILÉNOSSO
    POVOSOBERANO
    NÃOAOFASCISMO
    VIVAAIMPRENSALIVREINDEPENDENTE

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    Cristina Silveira says:

    Arbex, este grande jornalista, é bom ouvi-lo e vê-lo. Sempre na mesma linha de defesa das liberdades. Nunca deu arrego. A Liberdade é Amável!

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    maria aparecida dallari guirelli says:

    As entrevistas estão fantásticas. seria ótimo que esse tipo de papo continuasse por muito tempo. Parabéns e obrigado! estamos precisando de inteligência e afeto!!

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    Magda von Brixen says:

    SEN-SA-CIO-NAL a entrevista com Guilherme Boulos!!! Que mais do Brasil possa ouvir que há alternativas, que há gente séria repensando o país, acreditando em fazer diferente. Parabéns Fernando, parabéns Boulos – que saia uma ‘bouiada’ inteira disso aí!!!

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    ESSA UNIÃO DOS PARTIDO DITO DE ESQUERDA TEM QUE SER UMA UNIÃO DURADOURA, DE TANTO OS DA ESQUERDA BRIGAR ENTRE NOS OS DE MESMOS IDEAIS FICAR COM PICUINHAS A DIREITONA SE ORGANIZA E DETONA OS PEQUENOS ENQUANTO BRIGAMOS. UNIÃO É A SOLUÇÃO UM GRAVETO PODE QUEBRAR FÁCIL, DOIS GRAVETO JÁ FICA MAIS DIFÍCIL DE QUEBRAR E UM FEIXE NINGUÉM QUEBRA. OU UNIR OU ELES SEMPRE DARÃO AS CARTAS.

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    Bom dia; Nocaute; Fernando / Boulos.
    Antes de mais nada; Democracia = Renda mínima já; após os 18 anos, cidadania plena e todos sócios do país. Cidadania real.
    Daí sim; discussão de como governar; o que fazer no micro, no macro, etc.
    Além do mais; com o desemprego que vem pela tecnologia de informática, dará tempo de se escolher e criar novas atuações e serviços sociais.

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    Nocaute, Fernando / João Paulo.
    O fascismo vem de feixe = fascio = feixes nas colheitas; trigo, etc. Romanceado virou feixe de exclusão do externo; do diferente e do desamarrado.
    Em alguns palácios; perto da Praça 15, deve haver um; há imagens em alto relevo de feixes que trazem um machado enfiado no meio. Daí a força da destruição do que está fora do A.M.A.R.R.A.D.O.

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    Nocaute, Fernando / João Paulo.
    Os Governos realmente são passíveis de serem digeridos por forças contrárias à sua proposta; mas até ali deram voz e atuação às forças que o elegeram. É um jogo no tempo.
    Mas como será que, na Grécia, o Aléxis Tsípras foi forçado a desistir de um Governo tão bem definido e representante de reais demandas?

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    Quero, antes de mais nada, deixar um grande abraço ao Fernando Moraes pela qualidade do trabalho. Nunca pensei que aos 60 anos, depois de passar pelo período cinza da ditadura militar, eu fosse viver uma outra ditadura, a meu ver muito mais sombria, velada, e por isso, mais virulenta.
    Tenho acompanhado as suas entrevistas, algumas feitas também pelo Juca Kfouri, buscando até um certo conforto no entender o que pode ter levado uma parcela tão grande da população a apoiar um golpe e um estado de excessão com temos hoje. Ainda não consegui formar todo o quadro, estou ainda na parte da luta de classes. Quero entender um pouco mais ainda, pois isso, por si só, me parece cruel demais. Mas eu gostaria de aproveitar a entrevista com o Ciro Gomes, a quem admiro muito, para pedir que ele fale um pouco sobre o que poderia ser feito, no país, para conseguirmos voltar a uma normalidade, pelo menos política. Eu penso em uma reforma política e também numa reforma fiscal, mas como passar pela barreira imposta por uma congresso tão sujo e agora um judiciário tão comprometido com essa sujeira toda?
    Um grande abraço aos dois, com meus parabéns pela trajetória de ambos.

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    Pergunta ao Ciro: quão semelhante seu programa nacional de desenvolvimento seria com a política de substituição de importação levada a cabo por muitos países da América Latina na década de 80. Se uma política de substituição de importação for a saída, como lidar com qualidade/produtividade da indústria brasileira e as relações no mercado internacional (tarifas, etc).

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    Juraci Gonçalves says:

    Alo Fernando Moraes!
    Grande abraço deste que vos escreve, um grande fã seu e do seu trabalho. Sempre na vanguarda da expressão das opiniões dos maiores e melhores formadores.
    Pergunte ao Ciro, pelo qual tenho grande admiração pela sua biografia, o porque desta grande variação da opinião dele sobre o Lula e sua situação antes e depois da prisão. O Ciro tá parecido com o FHC antes do poder.
    Abraço a todos

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    Guilherme Bizzotto says:

    Vamos ver ..
    A pergunta é :
    Ciro Gomes o Zé Dirceu É quadrilheiro ? .
    Lembrando que não havia provas e mesmo assim foi caçado pelo congresso
    iniciando a deterioração de todo o parlamento e facilitando a judicialização
    da politica como vemos hoje !

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    CIRO, com a democracia fragilizada, espíritos malígnos ousam sair de seus buracos pra infernizar as instituições. Numa provável união das esquerdas, como seria a relação do PDT, PT, PSOL e REDE com os militares?

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    Leonardo Morais says:

    O candidato Ciro Gomes pensa em encaminhar alguma PEC para reformar o Poder Judiciário? Não acha que há um excesso de poder nas mãos de juízes de primeiro grau?

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    Gustavo Tavares says:

    PERGUNTA: Ciro, dadas as circunstâncias que marcam a prisão de Lula (sentença esdrúxula, rito processual extraordinário, isolamento carcerário ao arrepio da lei de execuções penais – como bem observa Flávio Dino), por que você tem cautela em afirmar que o ex-presidente é um preso político?

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    Pergunta: consegue colocar em seu plano de governo a iniciativa de acabar com o voto obrigatório? Penso que não se pode falar em democracia plena quando não existe a possibilidade de voto facultativo.
    O mesmo vale para o serviço obrigatório do serviço militar.

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    Gostaria muito de saber a versão do Ciro Gomes para o caso Gurgel. A versão mais divulgada é que ele como governador não apoiou a empresa em favor de lobby das grandes empresas automotivas estrangeiras. E foi corresponsável pela falência da fábrica nacional. Talvez seja um tema batido, mas eu realmente gostaria de saber a história sobre a ótica dele. Se isso tem fundamento ou não.
    Obrigado.

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    GUILHERME NOGUEIRA says:

    Perguntinha para o Ciro Gomes:
    Você não acha que suas redes sociais não deveria parar de bajular o Lula e dar Ibope para o Bolsonaro e falar mais sobre seu programa de Governo falar seus projetos para saúde, educação e segurança e principalmente “chamar’ convocar as pessoas a regularizar seus títulos eleitorais e comparecer às urnas para votar nos seus representantes?
    convencer as pessoas que abstenção, nulo e branco e não fazer nada pra mudar ou bajular o Lula, dar ibope para o Bolsonaro, Falar mal da Globo é suficiente pra ser Presidente?
    Guilherme Nogueira – Rio de janeiro

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    GUILHERME NOGUEIRA says:

    Perguntinha para o Ciro Gomes:
    Você não acha que suas redes sociais não deveria parar de bajular o Lula e dar Ibope para o Bolsonaro e falar sobre seu programa de Governo falar seus projetos para saúde, educação e segurança e principalmente “chamar’ convocar as pessoas a regularizar seus títulos eleitorais estimular essas pessoas a comparecer às urnas para votar nos seus representantes e dizer que abstenção, nulo e branco tem consequências sérias para o futuro do pais?
    será que so bajular o lula, dar ibope para o Bolsonaro e falar mal da Globo é suficiente pra ganhar uma eleição?

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    Quando é que vai sair o programa de governo e o referendo revogatório só vai valer pra pec da morte ou vai abarcar mais algumas deformas do usurpador Temer?

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    Nelson Raimundo Braga says:

    Mantidas as candidaturas de Lula e de Ciro Gomes., quem for para o 2o. turno, poderia compor na Vice-Presidência com o outro, ou por alguém indicado pelo seu partido, reformulando a chapa vencedora para disputar o 2o. turno? Esta é uma hipótese que somaria de fato, para sustentar a governabilidade dos vencedores.

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    Cristiane N. Vieira says:

    Confirmou minha decisão de há muito tempo: se Ciro for a opção, pela primeira vez não voltarei para presidente. E digo isso com certa decepção porque no início da luta contra o golpe cheguei a vê-lo com confiança. Essa história de que a globélica representa a identidade nacional
    para rejeitar a regulação da mídia é a pior possível: ainda que fosse verdade, o que não é, caberia a ela o direito a esse monopólio? Com autorização de quem? Mesmo sabendo que é essa ligação que lhe permite manter o país em seu cabresto? Na verdade ele sabe que se enfrentar o poder das famílias noticiosas, não governa. Há muitas outras coisas sobre as quais ele falou que eu discordo mas não vale a pena relatar – a enxaqueca impede e a decisão torna desnecessário. Minha decisão está tomada. Uma pena para o país estar tão destruído que alguém tecnicamente preparado, nas situações em que uma liderança política é essencial, tergiversa, por medo, e não difere em nada dos neoliberais que critica. Demonstra que a fraqueza em enfrentar as raízes dos problemas é o nosso maior adversário: o país sempre produziu conhecimento, e disso as bibliotecas estão cheias, mas ter a sabedoria e a coragem de tomar as decisões que podem de fato mudar a vida para melhor não se aprende na escola. E isso em política é tão importante e difícil quanto na vida.
    Sampa/SP, 25/04/2018 – 19:18

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    Cristiane N. Vieira says:

    No comentário anterior, onde “voltarei”, leia-se “votarei”. O corretor automático é intrometido e falhei na revisão.
    Sampa/SP, 25/04/2018 – 19:37

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    Fernando Morais, achei que sua série de entrevistas seria só com personalidades de Esquerda, mas vejo que vc flexibilizou sua lista. Não pretendo votar em hipótese alguma em Ciro Gomes por estar absolutamente convicto que ele é de direita e está sendo resguardado pela Globo como seu plano B, por isso nunca é criticado pela nefasta e odiada rede de mídia.
    Pouco se fala também sobre as posições sistematicamente de direita de seu partido, o PDT, pois a maioria de seus parlamentares votou a favor do impedimento ilegal da Presidenta Dilma e tem votado a favor dos projetos mais caros ao regime golpista, incluindo o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos e a favor da intervenção militar no Rio.
    Ciro Gomes tem que esclarecer isto: as bancadas do PDT na Câmara e no Senado o consultaram antes de aprovar a deposição de Dilma e antes de ter votado a favor dos projetos dos golpistas? Ou ele vai alegar que não discute com as bancadas do seu partido a posição de seus parlamentares diante dos projetos dos usurpadores? Se ele participou das decisões do PDT de votar sempre a favor dos golpistas é péssimo, mas se ele não teve qualquer influência sobre os votos das bancadas de seu partido é pior pois prova que alguém que não lidera os parlamentares do seu partido não tem condições de liderar uma nação. Estou convencido (pelas suas posições contra a regulação da mídia, e por ser sempre poupado de críticas por parte da Globo) que ele é o plano B da emissora dos Marinho pois para a Globo ficaria bem na fita apoiar um candidato supostamente de centro-esquerda, o que ele definitivamente não é.

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    Sidnei Gargano says:

    Quando vocês vão convidar para entrevista o Gregório Duvivier, o Leonardo Stoppard e o Osvaldo Bertolini? Serão entrevistas esclarecedoras.

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    Há uma incompatibilidade incontornável de uma série de entrevistas chamada “Lula Livre” e um candidato predador que ronda como um abutre ante a possibilidade de refestelar-se com o afastamento ilegal do candidato preferido pelos brasileiros. Proponho um retorno às entrevistas com pessoas de Esquerda, como Manuela DÁvila.

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    Israel Luiz de Oliveira says:

    Obrigado Fernando Morais por esta entrevista com Ciro Gomes.
    Essa ideia de que para mudar o brasil é preciso eleger ,digamos,Ciro Gomes presidente e tambem um congresso
    descente,sem esquecer os governadores ,me parece fundamental.
    Israel

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    Luiz Eduardo Buzatto says:

    Fernando, só haverá mudanças significativas com uma bancada com predominâmcia progressista, tanto na camara como no senado, fora isso, continuaremos dando murro em ponta de faca.

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    Cristiane N. Vieira says:

    Resposta ao comentário de C. Poivre
    Concordo integralmente com você, e diante da insistente pirraça de criança mimada do referido pré-candidado aos petistas e questionadores de suas inexplicadas contradições, farei algumas observações, agora sem enxaqueca:
    1 – Na entrevista ele mencionou que teria sido “traído” pois informado que seria o candidato em 2010 e foi substituído por Dilma; acabou de declarar que ele, no lugar dela, não teria sido golpeado por alguém como o Cunha; não perde a oportunidade de criticá-la e ao PT, em especial à resistência em Curitiba: acho que ter sido preterido em 2010 e toda a carga de ressentimento, de ambição tolhida, de narcisismo político e pessoal demonstrado na entrevista são os motores de sua atuação predatória em relação ao PT e às candidaturas de esquerda (qual a necessidade de atacar o Psol e dizer que foi mais solidário? Detalhe: ele foi solidário enquanto o PT foi governo e tinha poder, e ele, Ciro, ministério… Quanta solidariedade! E tudo isso para rivalizar com a aproximação entre os dois partidos; desdenha tanto o PT e seu apoio mas as entrelinhas da entrevista denotam um dilema de um candidato passivo-agressivo, meio o “trauma do filho pródigo”, que sabe que precisa do apoio do PT mas quer que isso se dê como uma rendição do partido, uma espécie de mea-culpa em relação à sua alegação de preterição em 2010, como se dissesse: “o golpe só ocorreu porque EU não fui o escolhido e agora é sua obrigação, para se redimir do erro, me canonizar como a esperança da esquerda… Narcisismo misturado a autoritarismo não é uma boa receita política, vide o cenário internacional e o sr. Laranja do Norte, entre outros.).
    2 – A entrevista é uma colcha de retalhos de argumentos tão contraditórios entre si que seria necessário um alentado trabalho de análise de discurso – que não pretendo fazer ainda, e que um profissional da área faria melhor -, e sua verborragia, conscientemente, é usada em prol de produzir a falsa aparência de segurança e domínio de assuntos e posicionamentos e disfarçar suas inconciliáveis posições de quem, na verdade, não quer compromisso com nada além de seu próprio projeto de poder pessoal.
    3 – Como você apontou tão bem, acho que devemos nos desvencilhar das armadilhas retóricas do pré-candidato analisando os fatos, suas declarações bombásticas e suas capitulações, estas últimas o maior indício de que ele não tem a firmeza de posicionamentos nem de atuação que alega ao bater na mesa e suspender o cós das calças – como ao adotar o discurso mofado da segurança pública para atrair os simpatizantes de Bolsonaro…
    3.1 – Alardeou em 2016, a la Dom Quixote, que não permitiria que Lula fosse preso e que o levaria para uma embaixada como preso político – sua tentativa de imitar Brizola só não aparece na hora de falar da Globélica… – mas quando a prisão representa a oportunidade política que ele sempre sonhou (aqui é bom lembrar que ele disse que se Lula fosse candidato ele não seria, e num de seus rasgos de sinceridade autoritária e ególatra, que Lula faria um desserviço ao país se concorresse, todos argumentos tentando alcançar a posição que pretende marcar agora, de “única opção da civilização contra a barbárie, um conciliador com diploma”…), não se faz de rogado e se coloca a favor do punitivismo penal, da revogação de garantias constitucionais consagradas com argumentos toscos já rebatidos por especialistas em Direito (https://www.conjur.com.br/2018-fev-08/senso-incomum-presuncao-inocencia-juiz-natural-dia-textos-revidar), com adesão simplista ao veredito cínico publicado diariamente pela mídia golpista e que pretende, obviamente, obter seu apoio e não se identificar, junto à opinião pública, com a esquerda em questões polêmicas como o falso-moralismo da LesaPátria. Se eu pudesse, pediria ao Lula que recusasse seu pedido de visita como resposta a sua arrogância juvenil e oportunismo eleitoral, mas sei que a infinita paciência dele com oportunistas e sua capacidade de lidar politicamente mesmo com gente traiçoeira não o permitirá.
    3.2 – Quando ele desfilou sua longa ficha corrida de “serviços prestados ao país”, me dei conta de que ele é a versão pessoal do PMDB: sempre esteve nos governos desde Itamar Franco! Em todos! E chama isso de compromisso com o país, o que eu chamo de compromisso com a própria carreira política, tentando se apresentar como a melhor versão da modernidade política (o que me lembra mais uma vez a genialidade da definição de Raymundo Faoro sobre a “modernidade brasileira” como o verniz do atraso), o engomadinho da terceira via que agrada a gregos e troianos… Só que não. Quem tudo quer, nada tem, já diz o ditado de sabedoria popular; povo aliás a quem ele se apresenta como um tutor condoído por suas mazelas, disposto a lhe oferecer migalhas, diferente dos verdadeiros líderes de esquerda que não querem um povo cativo de sua piedade, mas um povo emancipado pela reflexão resultante do exercício de seus direitos e deveres cidadãos.
    Segundo ele, teria sido o idealizador do Real mas foi preterido por FH, que se tornou presidente e ajudou a instalar no país uma máfia privatista que anos depois estaria à frente da máquina de fazer golpes (agora em MG) e é o responsável direto pela situação de destruição nacional que estamos assistindo; como candidato derrotado em 1998, engoliu o orgulho e foi seu ministro, talvez esperando ser agraciado como o próximo candidato; não foi e saiu candidato novamente em 2002, repetiu o ritual de engolir a derrota e aceitar ser ministro do novo governo, de oposição ao anterior, com uma capacidade de adaptação que daria orgulho a Darwin (ironia), e como confessou nessa entrevista, porque teria sido informado que seria o candidato em 2010 (na verdade, não engoliu o orgulho, negociou candidatura, como agora tenta negociar apoio como forma de remissão do passado – caramba, se os “defensores do país” tem esse grau de abnegação, não admira que o ilegítimo, líder em impopularidade, esteja no poder há 2 anos e a política desacreditada e substituída pela ditadura de toga, a mesma que ele defende).
    Ou seja, ao contrário do que ele insinua de maneira cínica e oportunista, da mesma maneira que os neocons democratas fizeram nos EUA em relação a Hillary, Bernie e Trump, que ele é a chance de a esquerda vencer o neofascismo (como outros já disseram muito bem, criam e alimentam um fantasma do neofascismo para jogar o povo nos braços dos neoliberais de fascismo dissimulado como o centro e enfraquecer a esquerda como fuga dos ditos “extremos”), na verdade, para mim ele é a chance de reavivamento e instalação duradoura do cinismo neoliberal da era FHC, e piorado porque sufocaria todas as lutas e os movimentos organizados, diversos, autônomos e orgânicos da sociedade civil que estão em busca de realizar uma democracia real, com o verniz de ser de centro-esquerda (a análise fria de seus posicionamentos e opiniões não sustenta a fachada por cinco minutos, e como disse a sempre precisa comentarista Vera Venturini no GGN, ele é da turma dos ex-progressistas antes de tomar o poder, neoditadores depois, como alguns ministros do STF), com sua inclinação autoritária dos estereótipos do coronelismo do nordeste, que ele não cansa de exibir e se orgulhar, gravíssimo num país cuja violência física e simbólica é fruto da confusão entre exercício da autoridade, firmeza e assertividade com autoritarismo, truculência, “porrada e bomba”, jaguncismo “chique” como o da Farsa de SP, de quem ele é o candidato-símbolo, e já o seria de fato se não fosse identificado com o nordeste (logo vão lembrar que ele é natural do Tucanistão, Pindamonhangaba, e o casamento vai acontecer)…
    3.4 – Por fim, ele desdenha tanto do PT mas não tem nenhuma originalidade política: vive assediando o ingênuo (quero crer) Haddad para atraí-lo para seu lado ou para conseguir o apoio do PT e agora anuncia convite público a empresário em quem Lula já teria demonstrado interesse para vice: ou seja, ele não difere em nada de FHC em sua inveja de Lula, a única diferença é que Ciro deseja se apropriar de seu legado a la cavalo de Tróia, o que FH teve a “decência” de não tentar.
    3.5 – Reafirmo meu total repúdio a candidatura do neoFHC como representante ou alternativa da esquerda. Já estamos há 2 anos sob golpe e a única coisa que ele fez foi andar por aí participando de eventos para tirar casquinha da criminalização do PT e das esquerdas, e para se viabilizar como candidatura independente, o que a defesa que ele faz da Globélica como quase um patrimônio nacional desmente, é um absoluto acinte, um desrespeito ao cidadão minimamente informado que sabe o que essa família fez no país desde que foi criada, aliás resultado da ditadura militar que não cansa de ameaçar mobilizar através de sua proximidade com generais de twitter e ele não enfrenta em seu malabarismo para agradar a centro-direita, a centro-esquerda e quem mais for necessária para conseguir seu único objetivo, o poder.
    3.6 – Ciro não reúne as condições éticas, políticas e cívicas para ser meu candidato – se fosse tão bom tecnicamente como alardeia não estaria correndo atrás de pessoas que Lula, com sua genialidade política, já foi atrás. Ou seja, age como um abutre da tragédia política nacional, e nisso tenho por ele o mesmo desprezo que dedico a FHC, aumentado por ter sido tola de acreditá-lo em seus rompantes de mimetizar Brizola, este sim um político coerente, corajoso, fiel a seus princípios democráticos e populares. O próprio fato de se anunciar, sem nenhuma humildade, como o sucessor do Brizola, e tentar chantagear a esquerda com o fantasma da ultradireita – como se ele, aliás, tivesse viabilidade numérica, pelas pesquisas divulgadas, para se apresentar como tal – e se sentir no “direito” de extorquir do PT apoio incondicional mostra muito de sua forma de fazer política e negociar: se antes de ter qualquer poder já age com tanta arrogância e superioridade, desdenhando de um partido sem cujo apoio sabe que não irá longe, imagine depois. Só se engana quem quiser.
    A maior prova dessa atitude maquiavélica de inferir que ele é o caminho natural do PT para evitar a ultradireita e por mesmo se sentir à vontade para tripudiar sobre a situação de Lula e da esquerda verdadeira do país, criminalizada e sob ataque da ditadura de toga, é sua última declaração: “Seu principal líder preso e eles constrangidos a uma solidariedade que ainda afirma a candidatura do Lula, mesmo preso e inelegível. Olho com respeito o tempo do PT, mas toco minha bandinha”, no site Brasil 247, que se confirmada a veracidade, é o resumo de seu pensamento pedante, desrespeitoso, tosco e egocêntrico; se alguém dissesse que foi dito por Bolsonaro só o barroquismo linguístico faria duvidar, o conteúdo inflamável e narcísico é da mesma fonte. Como diz outro ditado popular, quanto maior o salto maior o tombo, e uma música popular conhecida na voz do cantor Noite Ilustrada: “Laranja madura, na beira da estrada, tá bichada, Zé, ou tem marimbondo no pé”. Ciro é esta laranja, em todas as acepções e ironias possíveis, inclusive como laranja globélico, que se não é ainda nada impede de se tornar, voluntariamente. De golpistas traiçoeiros já basta o ilegítimo. Apoiar alguém que não só apoia o golpe e a estrutura jurídica que o sustenta como já anuncia sua tática de negociação política na base da humilhação, da intimidação, da cooptação e da desonestidade ética é realmente gostar de apanhar. Se o PT pecou, para muitos ainda peca, por ranço favoritista, ao menos foi conseguido legitimamente nas urnas e pelo apoio popular; o de Ciro vem de onde?
    Ele não só não será melhor para o país que os candidatos de direita já anunciados como será pior porque imobilizará a onda de participação popular democrática que é o único fruto não envenenado do golpe, como reação imunológica.
    Uma pergunta lógica simples, bem diferente da alegação simplista que ele fez para não dizer por que não luta pela liberdade e candidtura de Lula: se a Globélica está por trás e à frente do Golpe (ao contrário do que ele alegou, ela não derrubou o ilegítimo porque estava lidando com um de sua laia e tinha que se resguardar do escândalo Fifagate, e ele ainda tinha o recall do apoio ao golpe comprado meses antes, e não por que ela não tem tanto poder assim como alegado; senão, por que ela não chamou o povo às ruas como fez em 2015/16?), e defende todas as reformas que ele alega que iria revogar, por que aceitaria um candidato que contraria seus interesses manifestos? Sua tática de recusar a regulação da mídia é uma forma de parecer simpático à família globélica e evitar os ataques pessoais que ela desfere a quem se lhe opõe, numa espécie de conciliação tácita e sinalização de proximidade? Sabemos que a interlocutora já existe, sua ex-esposa, a quem ele não cansa de mobilizar para fins eleitorais, retóricos e propagandísticos…
    De agora em diante, acho que a esquerda realmente responsável deve ter inteligência estratégica de descartar este pré-candidato como opção: ele só causa desgaste e desvio de atenção.
    O golpe já deveria ter ensinado que é melhor perder com honra e chance de reversão do estrago pela mobilização do único apoio que importa, do povo, do que arriscar ganhar por desespero de causa, se aliar a quem se apresenta de maneira chantagista antes mesmo de ter o que negociar. Chega de Cunhas bem articulados, bem vestidos, “corajosos”, autoritários, e golpistas. (Cunha foi preso por ordem da Globélica? Até hoje não entendo seu sacrifício… Mas entendo muito bem as artimanhas de quem se recusa a tratá-la como o mal nacional que ela é).
    [video:https://www.youtube.com/watch?v=S5l-AZJJjLk%5D
    https://www.youtube.com/watch?v=S5l-AZJJjLk
    Sampa/SP, 27/04/2018 – 15:30

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    Cristiane N. Vieira says:

    Algumas correções e adendos ao comentário que postei em 27/04/2018 às 15:30
    1 – trecho reescrito: “3.3 – Segundo ele, teria sido o idealizador do Real que elegeu FH mas foi preterido por ele, que se tornou presidente e ajudou a instalar no país uma máfia privatista que anos depois estaria à frente da máquina de fazer golpes (agora em MG) e é o responsável direto pela situação de destruição nacional que estamos assistindo; como candidato derrotado em 1998, engoliu o orgulho e continou orbitando FHC para dar palpites econômicos talvez esperando ser agraciado como o próximo candidato da situação; não foi e saiu candidato “independente” novamente em 2002…” Explicação: minha impressão de que ele havia sido ministro de todos os governos adveio de suas entrevistas, em que sempre falou com a autoridade de quem tivesse participado de todos os governos, dando seus ultimatos e com saídas de cena cinematográficas, para não falar das acusações e dedos em riste. A conclusão final é que, se não participou dos governos não foi por falta de interesse pessoal, investimento partidário, ou por coerência política de se abster por divergência inegociável, mas apenas por incompatibilidades que não impediram o eterno morde-assopra que ele praticou com rigorosamente todos os mandatários do país pós-Collor – não falo do ilegítimo porque não foi eleito diretamente nem empossado legitimamente -, do que a atual situação com Lula é o mais didático sintoma, e partidos de centro e de direita – observem, nunca de esquerda – que lhe viabilizassem condições de disputar ou exercer cargos. Não por outro motivo, esta é a condição que ele invoca para se colocar como candidato com condições de governar o país, alguém que tem flexibilidade e experiência por ter passado, oficialmente ou não, por todos os grupos de poder do país. Com essa ficha corrida acha que tem moral para criticar as alianças do PT?
    2 – correção 1: ele só não foi ministro de todos os governos pós-Collor porque se recusou a ser nomeado durante os primeiros governos de FHC e o de Dilma (queria a pasta da Saúde em ambos os casos), ambos presidentes a quem depois criticou com a acidez revanchista que lhe caracteriza, em um comportamento de fazer críticas aparentemente corajosas para a platéia e sua biografia mas nunca romper definitivamente para manter ativas suas possibilidades de movimentação utilitária no espectro político cinzento em que circula; correção 2 – onde se lê “ex-progressistas”, leia-se “progressistas neófitos”. Ou seja, sempre orbitou os centros de poder e negociação de cargos, e se não os ocupou, ostenta orgulhoso que foi por escolha sua – as ofertas teriam sido humildes demais para tamanho gênio?
    3 – adendo: um bom sinal de sua fidelidade a princípios e de como esta se movimenta de acordo com a conjuntura e os ventos do poder político é sua história partidária: foi eleito deputado pelo partido conhecido em SP como do Maluf, o antigo PDS, que agregava apoiadores da ditadura militar e originou, nas muitas trocas de nomes, fusões e aquisições, PFL, DEM e PP; mudou para o então novato PMDB e foi eleito prefeito de Fortaleza; segundo reportagens, articulou a fundação e passou 7 anos no PSDB (1990 a 1997), pelo qual foi governador, e de onde saiu para o novato PPS para concorrer em 1998 e 2002 por não ter perspectivas como candidato principal do partido; em 2003, foi para o PSB para dar base partidária à sua posição ministerial no novo governo; partido do qual saiu em 2013 por ser sido preterido para candidato à presidência; se filiou a outro novato, o nanico de direita PROS, de onde saiu em 2015 para se filiar ao atual PDT e… concorrer à eleição de 2018. Ou seja, de todos os grandes partidos – em tamanho e história, sem juízo de valor ideológico -, só não foi do PT. Por que será? Ciro está para a política como o ex-cantor Lobão está para o rock: talento mediano, desperdiçado por um ego megalomaníaco, e ódios edipianos (shakesperiano é um upgrade imerecido) a quem é sucesso de crítica e público.
    Sampa/SP, 27/04/2018 – 18:04

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    Para mim o Ciro era uma possibilidade real de alternativa ao Lula, só que agora tenho dúvidas que me fazem não querer mais votar nele. Essa ambiguidade com relação à Rede Globo é, do ponto de vista de um projeto nacional que ele tanto diz defender, um entrave e coisa suspeitíssima. A regulação da mídia é fundamental e ele não pode fugir dessa discussão com esses truques retóricos! O PT fracassou miseravelmente ao não fazer a regulação da mídia e deu no que deu. Será que ninguém terá no culhão de peitar a Globo e cia?
    Aí ele vem falar do valor da Globo no campo de produção simbólica e dramatúrgica…faça-me o favor! Não é preciso entender muito de dramaturgia pra ver que aquilo tudo é um desastre reconhecido, inclusive, por antigos e mais rigorosos profissionais da casa. A Globo é a imagem maquiada do fracasso do nosso processo civilizatório. Poder ostensivo e violento que vive de sua própria grife, sem conseguir entregar NADA em termos de qualidade que um dia, entre os anos 70 e 80, conseguiu.
    Sem fazer enfrentamentos, Ciro (a Globo é um dos principais enfrentamentos), sua candidatura não decolar. O PT tem a base popular, você se notabiliza por ideias claras e enfáticas nos campos econômico e social, porém, erra ao fugir da FUNDAMENTAL discussão sobre a regulação da mídia. Sinto muito, muito mesmo.

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    Cristiane N. Vieira says:

    Pelo que vi da entrevista a declaração da manchete distorce a ideia completa do entrevistado Franklin Martins. Ele é favorável à aliança da esquerda e apenas não descarta o candidato fetiche da mídia “alternativa”. Mas em nenhum momento defendeu aliança com candidatos específicos, apenas que a esquerda se una contra o bloco golpista.
    Cuidado com a isca de entrar em desespero e sair repercutindo jornalistas e lobistas interessados em uma terceira via que não deu certo nem na sua terra de origem. Que quase acabou com o partido trabalhista inglês.
    As viúvas do PSDB estão se agarrando ao Ciro como se fosse o último homem da terra. Convém ter muita cautela com tanta volúpia por poder. Já disseram que o poder é afrodisíaco e acho que a mídia independente está precisando de um período de abstinência para pensar com mais discernimento. Só quem ama pode ser fiel. Romance com gente traiçoeira pode dar dores de cabeça e de cotovelo, e exaurir a energia vital (coisas de qigong e outros baratos orientais).
    Sampa/SP, 08/05/2018 – 23:25

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    Franklin tb fazendo parte da turminha do plano b..que decepção…é Lula ou Nada!! sde Lula não for candidato boicote a essas eleições por parte da esquerda..ir com outro candidato que não ganha nem no primeiro turno..é legitimar o golpe..pq nesse ciro eu não voto de jeito nenhum..o Boulos se fosse realmente um cara legal..teria se filiado ao PT e não a esse partido que nao passa de puxadinho da globo…com a prisão do Lula muitas maścaras estão caindo…principalmente na esquerda fofinha…Fora Traídores do Lula!!!..pq quem falar em plano b ou aliança com ciro..é sim trraidor!!!

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    Cristiane N. Vieira says:

    O canto da sereia cirista, a Cireia, pode acabar em uma mordida de tubarão. Parem de discutir abstratamente e vejam o que dizem seus consultores e seu projeto de governo. Muito angu pra disfarçar o caroço golpista que ele no fundo significa. E até a mídia “alternativa” foi atraída como ingrediente para engrossar o angu. Antes passar fome que ter indigestão. E melhor ainda poder comer o conhecido arroz com feijão, com o tempero do bom combate de esquerda fortalecido pela memória da felicidade e pela coragem de enfrentar novos desafios. Pergunte ao povo.
    Sampa/SP, 09/05/2018 – 00:30

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    Romolo Araujo Martins says:

    O PT acredita em “DUENDE, PAPAI NOEL, MULA -SEM -CABEÇA, ETEC., Ciro é Joaquim. Ciro é Luciano. Ciro é FHC. Ciro é globo. Partido de esquerda que defendeu o Governo (PT) foi o PCdoB. Abandonar o PCdoB por Ciro é ERRO.

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    Se o PT resolver apoiar o Ciro, vai cometer novamente, o mesmo erro que cometeu ao indicar aqueles ministros do Supremo!!!!Errar é humano, mas persistir no erro é pura burrice. Ademais, com eleições ou sem eleições, o que ocorre? NADA!!! Tudo vai continuar como está e seria até bom para o PT, que há dez anos sofre um ataque diuturno da burguesia e mesmo assim está suportando bem, até para espanto dos pretensiosos algozes, que , afinal, encontraram uma Instituição que lhes faz frente, seria até bom para o PT não aceitar a eleição sem Lula e não tentar se apegar ao poder e sim, voltar as origens, e nunca mais ser um partido eleitoreiro, como todos os outros!!! Conciliação de classes não existe!!! Existe luta de classes!!

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