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Em abril começa a campanha eleitoral presidencial na Venezuela


No domingo, 22 de abril, começa a campanha eleitoral presidencial na Venezuela para os comícios do 20 de maio, justamente um ano depois da escalada violenta impulsionada por um setor fascista e violento da oposição venezuelana que agora se vê num cenário desfavorável porque prevaleceu a moderação e vontade democrática do povo venezuelano.
O prognóstico da voz da oposição há um ano era que o chavismo desapareceria como força política, base eleitoral e símbolo, especialmente pela guerra econômica e a campanha orquestrada do exterior contra o país, eixo principal da ação de oposição. Ainda assim, a natureza pacífica da Venezuela, sua constituição bolivariana e a visão do presidente Nicolás Maduro permitiram a eleição de uma Assembleia Nacional Constituinte que pacificou o país e abriu a brecha para uma etapa democrática com o chamado às eleições de governadores e prefeitos, que agora entra na fase da eleição presidencial e de conselhos legislativos.
O que atingiu a oposição violenta? A principal causa pode ser o fracionamento da Mesa de Unidade Democrática, convertida agora em um mal chamado “Frente amplo”, que é a mesma coalizão com uma nuance de “sociedade civil” para ocultar o rosto dos partidos. Em segundo lugar, o seu desapreço pelo diálogo, que permitiu o surgimento de uma oposição moderada que firma o acordo democrático desfeito na República Dominicana pela oposição intervencionista.
Dessa falta de coesão da oposição, em meio ao fracionamento e à falta de proposta sólida que seja ampla base para um setor do país, surgem as candidaturas de Henri Falcón, ex-governador de Lara, ao ocidente da Venezuela e também ex-chavista, e a do pastor evangélico Daniel Bertucci.
A candidatura de Falcón se caracteriza por uma multiplicidade de vozes, a falta de uma proposta pragmática que vá além da promessa de dolarizar a economia e apelar ao Fundo Monetário Internacional, um esquema regressivo de neoliberalismo para supostamente resolver o problema econômico. Além disso, enfrenta o setor de oposição violento, que promove a abstenção e a interferência estrangeira.
Bertucci, por sua vez, aparece como uma alternativa independente, à margem dos partidos e com um discurso redentor, e representa a novidade de constituir um movimento político religioso que participa pela primeira vez de uma disputa presidencial.
Uma das mais recentes pesquisas de opinião feitas pelo instituto de pesquisa Hinterlaces mostra que em intenção de voto prevalece a candidatura de Nicolás Maduro, com 52%, depois, com uma diferença de 30 pontos, Henri Falcón, com 22%, e em terceiro Daniel Bertucci, com 14%.
O chavismo mostra mais músculo e maquinaria, tanto no aparato de mobilização quanto na gestão de governo, que alcançou 100% de adultos aposentados e bonificações diretas a 5 milhões de famílias, por meio do Carnet de la Patria.
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Os Bodes – 147


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