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Empresas de Alckmin utilizam imóveis do cunhado acusado de receber caixa 2

Empresas ligadas ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e sua família estão ou já estiveram sediadas em um edifício comercial cujo o proprietário é Adhemar Cesar Ribeiro. Cunhado do tucano, Ribeiro acaba de ser acusado por dois delatores da Odebrecht de ter recebido R$ 2 milhões no caixa dois para a candidatura de Alckmin em 2010.
Um dos delatores da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, ex-superintendente da construtora Andrade Gutierrez em São Paulo, revelou a atuação de Ribeiro na campanha de Alckmin. Ele afirmou que foi levado por Aluizio de Araujo, conselheiro da Odebrecht morto em 2014, “a uma reunião com Geraldo Alckmin no escritório deste, na avenida Nove de Julho, próximo à avenida São Gabriel” – local do imóvel.
Nas eleições para Prefeitura de São Paulo, em 2008, e para o governo paulista, em 2010, Alckmin manteve uma base no imóvel de Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin. Também foram sediados no local três empresas que envolvem o psdbista.
Humanitas Fórum, Palestras & Cultura empresa ativa no endereço e de propriedade do governador em sociedade com sua filha, Sophia. Tem como razão social “pesquisa e desenvolvimento experimental em ciências sociais e humanas, regulação das atividades de saúde, educação, serviços culturais e outros serviços, ensino de dança, treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”.
Trigo Assessoria, agência de notícias de Sophia com uma sócia, funcionou no local de 2009 a 2017, quando mudaram de endereço. A migração da agência ocorreu 18 dias após a homologação da delação da Odebrecht pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o que resultaria na divulgação, em abril do ano passado, dos depoimentos dos ex-executivos da construtora.
TSA Consultoria, sociedade de Sophia e Thomaz Alckmin, que morreu em 2015. A firma permaneceu aberta de fevereiro a outubro de 2011 para prestar consultoria.
Em novembro passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) recebeu pedido de abertura de inquérito contra Alckmin pela suposta prática de caixa dois em 2010 e 2014. O tucano foi acusado de ter recebido, no total, R$ 10,3 milhões sem declarar. O caso tramita em segredo de Justiça.

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