Dois dias depois do referendo sobre a independência, os catalães fazem nesta terça-feira (3) uma greve geral em toda a região autônoma da Catalunha para exigir que o governo espanhol reconheça o resultado eleitoral.
Com 90,09% dos votos, o equivalente a 2.020.144, e o ‘Não’ teve 7,87% (176.565 votos). Votaram em branco 45.586 (2,03%) e 20.129 nulos (0,89%). A Catalunha tem 5.343.358 eleitores. A participação foi de 42,34%.
Praticamente todas as escolas estão fechadas por conta da greve geral. Aderiram também 75% dos trabalhadores da saúde pública e 90% dos comerciantes. Os portos de Barcelona e Tarragona estão paralisados e as estradas têm filas quilométricas.
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O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, pediu que a população não se deixasse levar por provocações e fizessem uma manifestação pacífica.
Há também um grupo de manifestantes concentrados na frente da sede do PP (Partido Popular) da Catalunha, o partido do chefe de governo da Espanha, Mariano Rajoy.
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Referendo aconteceu apesar da violência policial
A greve geral desta terça-feira também é contra a repressão de domingo. Usando força policial, o governo espanhol tentou impedir a realização da consulta popular, fechando 400 escolas. Pelo menos 893 pessoas ficaram feridas em razão de agressões da Guarda Civil ou da Polícia Nacional.
Realizado a votação, a expectativa agora é pelo passo seguinte. Aprovada pelo Parlamento da Catalunha, mas considerada ilegal pelo governo da Espanha, a lei do referendo estabelece que acontecerá a declaração formal de independência dois dias depois da divulgação dos resultados. Então, começará o processo constituinte. Em seis meses serão convocadas novas eleições.
